quinta-feira, 3 de setembro de 2009

A imprensa brasileira encontrou a desculpa perfeita


Isso não está parecendo nem um pouco com Jornalismo, já é vigarice mesmo. Como é que os jornais brasileiros ainda publicam comentários de ditadores comunistas defendendo outros comunistas? Se não é doutrinação comunista, eu não sei mais o que é. Chega a ser patético todo esse movimento jornalístico em torno da figura de Fidel Castro, que mesmo respirando com a ajuda de aparelhos, ele ainda tem forças para falar asneira e dedicar um pouco do seu tempinho para tirar a liberdade do povo cubano.


O ditador cubano fez um comentário publicado pelo jornal oficial cubano, o Granma, e disse que o presidente Barack Hussein é vitima da extrema-direita branco de olhos azuis, e a imprensa brasileira não perdeu tempo e logo concordou com os comentários do messias. Os colunistas da Folha e do Estadão queriam encontrar alguma justificativa para a queda de popularidade do presidente americano nos Estados Unidos. Claro! Como eles não pensaram nisso antes? É tudo culpa dos Brancos da extrema-direita, e não da incompetência do Barack Hussein. Era exatamente esse tipo de desculpa que os jornais brasileiros precisavam para “refutar” a baixa popularidade do socialista americano.


Quer dizer, se você critica a gestão do Barack Hussein, você é racista de extrema-direita, e para os mais radicais, você seria fascista. O argumento é pobre, mas é assim que a esquerda se comporta quando não possui uma resposta convincente para o assunto. E essa idéia não poderia ser de outro não é? Fidel Castro é uma espécie de Messias dos jornalistas brasileiros, e, tudo o que ele fala é a verdade absoluta.


Os jornalistas brasileiros deveriam ter mais vergonha na cara e parar de apoiar essas figuras nefastas da política mundial.




quarta-feira, 2 de setembro de 2009

As veias abertas da América Latina


Por Tibiriçá Ramaglio




Devo começar pelo fato: houve uma reunião da Unasul em Bariloche, na Argentina. Sobre o evento, a primeira versão escrita de que tomei conhecimento foi a de dona Eliane Cantanhêde, na Folha de S. Paulo. Conhecendo as simpatias da moça (?!), só posso lê-la pelo avesso, isto é, entendendo no sentido inverso as afirmações da repórter.


Segundo ela, a reunião "aprofundou o impasse entre os 12 países da região". De imediato, deduzo que não aconteceu absolutamente nada. Para o continente (à exceção da despesa que ocasionou para os contribuintes latino-americanos), a reunião não teve nenhum significado e não aprofundou impasse nenhum, até porque não há nenhum impasse.


Haveria impasse se a Unasul tivesse autoridade e consenso, e condenasse com veemência o acordo militar entre a Colômbia e os Estados Unidos, deixando-o em suspenso. Não foi o que aconteceu. Portanto, o acordo se manteve, o presidente Uribe deixou mais uma vez clara a sua razão de ser e defendeu-o dos argumentos falaciosos do eixo bolivariano.


Epa! Espera aí. Mas isso é um fato positivo. Essa é uma vitória de Uribe, da Colômbia e de todos aqueles que se opõem ao eixo bolivariano, não é não? Apesar de toda a pressão de Hugo Chavez et caterva, o acordo se manteve. Por sinal, Uribe nem sequer apresentou as tais "garantias jurídicas" que o ministro Nelson Jobin Laden garantiu que ele apresentaria...


Epa! Espera aí. Se Uribe venceu, ficou provado que a entidade Unasul não serve para muita coisa e, como se trata de uma entidade criada sob inspiração chavista, o escancaramento de sua ineficiência também pode ser encarado com uma vitória, não é não? A reunião foi de tal modo inócua que o próprio Lula ficou irritado e bateu com o sapato na mesa, perguntando: isso aqui é ou não é uma reunião de chefes de Estado? (não foi esse, no fundo, no fundo, o teor de seu pronunciamento?). Ainda bem que ninguém respondeu...


Não sei se é muito otimismo da minha parte, mas eu ainda encontro outros saldos positivos na reunião. O principal vem da intervenção irônica de Alan García que foi, com perdão do trocadilho, do peru!


García refutou insofismavelmente o discurso chavista ao dizer ao gorila que ele é um militar profissional - fato que o coronel Hugo Chavez tem escamoteado com muita facilidade -, mas também ao questionar o seu termos de um suposto expansionismo norte-americano:


"Homem, para que os EUA precisam dominar o petróleo [da Venezuela] se você já lhes vende todo o petróleo de que eles precisam?"


Melhor do que isso só se o Evo Imoralez tirasse um bumbo debaixo do poncho e saísse cantando, que nem a Mercedes Soza: "Volver a los dezassiete, después de vivir un siglo"...